segunda-feira, 6 de junho de 2016

Escravização do Corpo, da Alma e do Espírito


Por: Negra Rô 
Muitos na data do dia 13/05, “comemoram” a abolição da escravatura que ocorreu, quando a Princesa Isabel assinou a Lei Áurea, mas, o(a)  professor (a) de história pode falar melhor do que eu que, isto nada mais foi do que um acordo necessário na época. A Inglaterra já estava perdendo muito dinheiro com a escravização e “sugeriu” o término dela.
Mas, voltando aos tempos atuais, a escravização continua de diversas formas:
 Salário mínimo (Míseros R$ 770,00);  8 horas de trabalho a este valor sendo que o mesmo é pago em somente um dia de trabalho, não necessariamente, trabalhar 30 dias para recebê-lo. Isto é a famosa Mais Valia, ou seja, se trabalhamos 30 dias, éramos para recebermos muito mais;  Hospitais sucateados aonde chegamos para sermos atendidos e, ou não tem médico, ou não tem remédio ou, muito menos equipamentos para quem necessita deste atendimento;  Educação péssima. Uma grade curricular onde o aluno não tem o desejo de aprender o que está sendo posto, em sua maioria. Um exemplo disto e, tenho como provar: tive um aluno no projeto onde dava aula que ele chegou e falou o seguinte: “onde eu estudo, só porque sugeri ao professor de educação física, dar aulas de basquete de rua, ao invés de basquete de quadra, não só a mim, mas, expulsou todos os alunos da aula que, também pediram a mesma coisa”. Isso só porque queriam uma aula diferente, emfim...  Não estou aqui querendo falar mal de professor, jamais! Mas, alguns precisam abrir a mente e reivindicarem uma grade curricular aonde, chegue mais próximo da realidade daquela criança, adolescente ou adulto e, até idosos que, voltam a estudar.
Tudo isto é muito mais para mim nada mais é como escravização, quando uma pessoa não consegue um atendimento médico, uma escola de qualidade, professor ganhando mega mal e o cerceamento da pessoa sugerir algo que possa melhorar este ambiente.
 Para mim, isto é escravização do corpo, da alma e do espírito. Portanto, a escravização não acabou e isto, muita gente sabe. E olha que não fiz um recorte de gênero hein, se for falar, será umas 30 laudas de texto. Falarei em outra oportunidade.
Não sou dona da verdade sendo que, com os meus 39 anos de vida nesta terra, tenho a percepção de que o Brasil é o piso do mundo, de acordo com a fala de um conhecido meu no trem, lotado por sinal, para deixar claro.
Se for falar diretamente da África então, mais 30 laudas que em outro texto, falo algo, de acordo com o que aprendi. 
Pronto! Falei! Beijos

terça-feira, 26 de agosto de 2014







Para Onde Vai o seu Lixo Tecnológico - Por: Rosane Barbosa



É importante, sabermos para onde vai o lixo tecnológico que, em partes nós produzimos e, em outra, são as empresas que produzem o mesmo.
O Artigo: Lixo Tecnológico da Universidade Federal de Santa Maria de Autores: Fabiane Pedrotti Lozza, Luciana Flores Battistella e Fernanda Pase Casassola, me fez analisar que se pode trabalhar a complexidade do descarte dos produtos tecnológicos de uma forma regional, mais precisamente, local, pois, se as empresas e, moradores de uma localidade, se reunir para, ver como solucionar esse problema, terá uma diminuição muito grande nesse tipo de lixo. A LEI Nº 13.576, DE 6 DE JULHO DE 2009, de autoria do Deputado  Paulo Alexandre Barbosa do PSDB, me faz pensar que, se em todos os estados, tivesse uma lei para combate do Lixo Tecnológico mas, que essa Lei fosse, realmente cumprida, também diminuiria o mesmo e o Artigo: A Logística Reversa do Lixo Tecnológico: Um Estudo Sobre o Projeto de Coleta de Lâmpadas, Pilhas e Baterias da Braskem, de autores: Karina Nascimento Vieira, Thereza Olívia Rodrigues Soares e Laíla Rodrigues Soares, me auxilia no sentido de analisar um trabalho de reciclagem junto com a logística reversa que, faz com que as empresas, além de produzir o produto tecnológico, pensem formas de retorna-lo, quando o mesmo não tiver mais utilidade e com isso, recicla-lo.
É muito importante, pensar em como transformar este tipo de lixo e, formas de reciclagem, pois, como a cada dia que passa, a tecnologia vem avançando, com ela vêm os restos que, às vezes ficam amontoados em locais inapropriados, causando um sério risco ao meio ambiente. Quando comprar um computador novo, caso o seu ainda esteja em uso, doe para alguma instituição ou para alguém, ou até venda, mas, não jogue em qualquer lugar. Quando acabar de utilizar uma pilha, jogue no lixo apropriado e, caso perto de sua casa, não tenha um local para receber este tipo de lixo, veja na internet os locais de arrecadação. A ONG CDI, ela aceita computadores usados como o projeto TV Verde que tem aqui no Complexo do Alemão. Então, é só procurar, não só estes lugares como, outros que, com certeza diminuirá o problema do Lixo Tecnológico. As empresas também precisam colaborar com isso, pois, não adianta fazermos e as grandes empresas, continuarem jogando o seu lixo em locais inapropriados. É isso, conscientização tecnológica, para mim também é trabalhar a tecnologia panafricana, pois, muitos destes lixos, vão para a África e ficam em um grande lixão onde os nossos irmãos catam para vender e com isto, conseguem se alimentar só que, além disso, a situação dos nossos irmãos fica ainda pior porque o meio ambiente lá está sendo muito mais prejudicado por conta do lixão que empresas do mundo inteiro, fazem em nossa terra mãe. Este é mais um motivo que, levanto para, juntarmos o nosso lixo tecnológico e, tentar reciclar ou, fazer uma das coisas que falei acima. Não sou dona da verdade mas, é só uma ideia que, pode coletivamente ser concretizada e, melhorada. Jogo aí pra geral dar a sua opinião e ideias construtivas e criativas para, tentar-mos solucionar, em partes, este problema.
#reciclagemdolixotecnologico
           RGSA – Revista de Gestão Social e Ambiental - Set.- Dez. 2009, V.3, Nº. 3, p.120-136 - www.gestaosocioambiental.net.

quarta-feira, 25 de junho de 2014



Educação Padrão FIFA e, como estão dizendo por aí, Ladrão FIFA.
                Por: Rosane Barbosa

Fala geral, tudo bem? Não há problema no futebol, amo sendo que, como ter copa em um país onde a educação está péssima? O meu filho tem 15 anos e, na escola dele, só tem aulas segunda e terça feira porque a professora de quarta está em greve, a de quinta, está de licença e, sairá da escola e os professores de sexta, desde quando iniciou o ano, o mesmo está sem aulas e sabe de que? Música e artes. Coisas que muitos acham besteira, mas, ele também está sem aulas de história e geografia, enfim, para ver como que estão as nossas escolas. E isso não é só no Rio de Janeiro não, em outras cidades também. É vergonhoso isso, gastar bilhões com a copa e, nem se importarem com a educação, mas, eles querem criar seres que, não pensem e, pior que em partes está conseguindo???? É uma pena.
Quando eu estava no jardim, fui incentivada a ler, pois a minha professora, até hoje não me esqueço, usava materiais lúdicos conosco e naquela época, por incrível que pareça, o governo apoiava. Com cinco anos já lia e, o ensino era melhor. Tive o privilégio de, ter um ensino fundamental bom. É claro que faltou a história da África ne mas, pelo menos, ler e escrever errado, a professora não deixava passar.
Agora, os alunos escrevem errados e, a professora deixa passar batido. Na minha época, tinha-mos que entrar na sala com o caderno de casa na mão para por em cima da mesa para ela corrigir. Quem não tinha feito, ficava na hora do recreio fazendo e só saída da escola quando terminavam então, todos faziam para, não ficar depois da hora. Os professores se preocupavam mais conosco, ligavam quando faltava-mos e fazia até visitas. Agora, isso acabou. O que acontece com o nosso povo sem educação, literalmente falando? Acabaram o companheirismo de professor e aluno, os ídolos, os amigos escolares e, até o ensino. É isso. É somente um desabafo.
Mas o engraçado que isso não acontece só no ensino fundamental e médio não. No superior também. A Univercidade e a Gama Filho fecharam porque, o MEC as descredenciou, pois, o ensino nelas, não estava bom. Estudei na Univercidade Análise de Sistemas, péssimo e, os meus amigos que mudaram de instituição, ou melhor, que, foram migrados para outros locais, está passando por problemas diversos. Ou seja, como os japoneses falam o Ensino no Brasil, virou Negócio da China. É isso, o lance é se apegar o que tem e, fizer por fora porque senão, não conseguiremos fazer uma graduação de qualidade, quiçá o ensino fundamental de nossas crianças que, em sua maioria, são negras.
Vejam o Vídeo que fala de uma escola no Piauí está pior que aqui. Imagina o que o MEC acha disso hein!!!!!!! Sendo que lá, o índice do Ideb da escola foi de 5,2 e a média é de 6,0. Ou seja, mesmo com todos os problemas de educação no País e, lá em Piauí que, os alunos não tem nem dinheiro para comprar um caderno, quiçá um chinelo, conseguiram se superar mas, ainda é necessário ver a situação em que estas crianças e adolescentes estudam, não só no Piauí como em todo o nosso querido Brasil Baronil da COPA.

Asé e até a próxima.

segunda-feira, 28 de abril de 2014

O que realmente é vandalismo? 

Por Rosane Barbosa.

De acordo com o Dicionário Aurélio: Destruição de obras de arte, de objetos importantes, por ignorância, selvajaria ou falta de gosto. E, o que é Desleixo no nosso amigo: Ação ou efeito de desleixar ou desleixar-se; desleixamento.
Ausência de atenção; falta de cautela, zelo.
A primeira definição, é o que falam por aí, toda vez que um grupo ou uma pessoa quebram um “patrimônio Público” e o segundo, é o que o Governo que muita gente está defendendo agora,  faz conosco há muito tempo. Aí eu pergunto isso também não é vandalismo conosco?
Quando vamos a UPA, tem atendimento de qualidade na maioria das vezes pelo menos?
Quando se procura uma delegacia, igual aconteceu comigo e com minha mãe quando a casa foi assaltada e que lá, mandaram procurar o dono do trafico porque ele poderia resolver melhor o problema, também não é vandalismo conosco?
Quando se procura um remédio na Clínica da Família e, não acha e, nós temos que se virar para comprar, Não é Vandalismo conosco?
Quando se paga R$ 3,00 e, não consegue nem se encostar-se ao ferro do ônibus, isso não é vandalismo conosco?
Quando se gasta Bilhões de Reais com dinheiro público para montar a cidade da copa, não é vandalismo conosco? Enfim, então não me venham dizer que o governo não comete desleixo e vandalismo conosco que, é mentira. Eles cometem a todo tempo conosco e, quando se revoltam quebrando as coisas, é vândalo. Penso que, se puder evitar o máximo a violência, é bom mas, em muitos casos de “vandalismo”, como as pessoas falam e eu discordo, já são coisas que, estão entaladas dentro da gente e, que de tanto reclamar, sem adiantar, o lance é jogar para fora o que está sentindo e isso, pode acontecer de diversas  formas.
Penso que antes de chamar um irmão e irmã de vândalo, tem que pensar duas vezes e chegar e perguntar o porque daquele ato. Se for de sacanagem, é vandalismo mas, se for por questão de algo muito grave que aconteceu com alguém da família, só aquela pessoa sabe o que sente. Daqui a pouco, vão dizer que, é normal matar um jovem de 15 anos crivado de balas, ou que arrastar uma senhora 350 metros também é normal, como estuprar uma jovem negra também é normal, como assaltar a casa de alguém também é normal.
Sem que tem grupos políticos, em alguns casos, infiltrados (grupos poçíticos que digo, são os que se aproveitam da situação para, fazer o seu nome. Não são todos os grupos políticos que são assim)  mas, muitas das vezes não. O povo está revoltado com todo o gasto publico que acontece e em minha opinião, este é o maior vandalismo de todos!

E tem outro vandalismo. De acordo com o seu sexo, opção sexual, cor, estudo e grana que tenha no bolso, acontece a discriminação. Nada mais a declarar.
http://www.youtube.com/watch?v=kT3HHD75bcY.


quinta-feira, 24 de abril de 2014

Genocídio do Povo Negro por Rosane Barbosa
Até quando continuará morrendo os nossos, por motivos banais? As nossas mortes, já vêm desde os tempos da escravização, quando os nossos ancestrais vieram no navio negreiro e, morriam de várias formas: por doenças adquiridas, estupro, espancamentos, enfim, e isso acontece até hoje, só mudou o formato, e a forma de como  o mesmo continua acontecendo. Segue alguns exemplos, uns antigos e outros atuais:
·         “Adrielly Veira, de 10 anos, foi baleada na cabeça e levada para o Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, onde não havia neurocirurgião para atendê-la”;
·         “Gualter Damasceno Rocha, o “Gambá - De dia, gesseiro na obra. De noite, dançarino, criando um novo passo: o passinho - o funk das favelas do Rio, suavizado, gingado, com uma influência universal” – Foi morto brutalmente, ainda não se sabe realmente por quem e, o real motivo sendo que o fato é que ele foi para o baile de Manguinhos se divertir e acabou sendo enterrado como indigente, para esconder o crime”;
·         “A mulher arrastada era Claudia Silva Ferreira, de 38 anos, baleada durante uma troca de tiros entre policiais do 9º BPM e traficantes do Morro da Congonha, em Madureira, enquanto ia comprar pão. Essa também é a mesma polícia que debocha e produz factóides para justificar seus atos, como afirmar que Claudia estava em posse de quatro armas, quando todos afirmam que ela tinha ido comprar pão”;
·         “Um jovem teria morrido eletrocutado após receber um tiro de pistola taser disparado por um policial da Unidade de Polícia Pacificadora. Desde janeiro desse ano, o complexo de Manguinhos está ocupado por uma UPP. Testemunhas dos últimos momentos de vida do jovem Mateus Oliveira Casé, de 17 anos, conversaram com nossa reportagem e acusaram policiais pela morte do adolescente. Ele teria recebido o disparo e tido uma parada cardíaca.— O carro de polícia parou e disparou o choque nele. Ele caiu de cabeça e os policiais deixaram ele ali mesmo. Os PMs disseram que ele morreu na UPA [Unidade de Pronto Atendimento] mas quando nós levamos ele para o hospital, ele já chegou lá morto. Você acha certo UPP fazer isso?— pergunta uma testemunha ocular do crime.”
Estes são somente alguns casos que ocorrem com a nossa população negra e, na maioria deles, somos colocados como bandidos, arruaceiros, enfim, somente de coisas negativas. Sem falar do pedreiro Amarildo que, dizem que ele era traficante mas, se ele era mesmo ou não, cadê as provas? E porque tinha que morrer daquele jeito se, nos vídeos da época mostraram que ele não resistiu a nada, no sentido de insultar os policiais? E a menina que morreu no morro de São Carlos de Bala perdida, na mesma época que o menino Hélio? Em relação ao último, fizeram uma mega homenagem e para a menina, a família nem pôde entrar na igreja da candelária, onde houve esta homenagem porque, a missa era somente para o Hélio, um menino branco que, também morreu brutalmente mas, a quantidade de nossas crianças que morrem!!!!!!!!! O Genocídio acontece de diversas formas. Enfim, é só para relatar mesmo isso e, pensar-mos em sempre que fizerem algo conosco, fazer-mos como este irmão fez no vídeo que, procurou as autoridades e, acabou conseguindo uma audiência pública. Sei que as vezes não dá em nada mas, tudo o que é nosso por direito, precisamos recorrer sim pois, se todos nós fizer-mos isso, vai chegar uma hora que, não virará mar de rosas mas pelo menos, a sociedade verá que estamos reagindo.
Só para fechar, no caso do irmão eletrocutado em manguinhos, ele não era envolvido com nada, era somente um jovem andando pela rua. Fico muito preocupada com o Denis pois, ele tem o estereótipo de jovem negro que eles gostam. Sempre quando ele anda pela rua, eles ficam olhando com uma cara de carniça para ele, quem me alertou foi meu namorado. É fogo, nem na rua pode andar...
E outra coisa, alguém ficou sabendo deste meninos de Manguinhos? Pois não me lembro se saiu nos jornais. Só para frizar. Se eu estiver errada, me corrijam.
É isso. Segue o vídeo.



quarta-feira, 12 de março de 2014


Ó, para relembrar os meios de transportes que, pegamos para irmos ao trabalho quando, temos a sorte de sermos empregados.
Violência Urbana parte II – Por Rosane Barbosa

Bom, quem leu a parte I, viu que, falava diretamente do transporte público e da uma forma de violência que sofremos todos os dias para chegar aos nossos compromissos, mas, agora venho falando de uma outra forma de violência que, também, tem a ver com o transporte público sendo que, já entra numa parte delicada que é o impedimento de ir e vir do cidadão por, não ter o dinheiro de passagem para ir aos seus compromissos, lazer, necessidades, etc.
Nós pagamos impostos e, muito caros e, na hora que queremos simplesmente ir ao pré-vestibular, não temos dinheiro para pagar a passagem. Se tiver beleza, vai e volta de boa, mas, se não tiver, para não deixar de ir, é necessário deixar o orgulho ou a vergonha de lado e, ver formas de chegar lá e, uma das formas é pedindo carona ao motorista. Tem uns que dão, outros que não e, dessa forma, vamos levando em frente até que, chegue um dia que o motorista fale que não dá mais aí, tem-se que dar outro jeito. Existem outras formas também como: skate, bicicleta, a pé, de monociclo, enfim sempre estamos arrumando formas de, não se entregar e, sempre um levantando a moral do outro, pois, tem horas que, realmente desanima, mas, é só parar pra pensar: pô, to pagando para o filho do burguês estudar na universidade que é publica. Publica? Como assim se, preciso fazer pré-vestibular pra entrar? Se for pública, posso entrar de boa sem vestibular, mas, as coisas não são bem assim. Só sei que os brancos estão lá porque, fizeram os melhores vestibulares que, tem mais estrutura, estudam o dia todo e, à noite, saem pra dar um role para “esfriar a cabeça” enquanto nós, negros, acordamos as 3, 4, 5 da manha, saímos de casa às vezes, sem tomar café, pois, se o fizer, perde o ônibus lotado para o seu destino, trabalha o dia todo ou parte dele pra depois, ir para o pré-vestibular que, também é muito bom sendo que, o cansaço é tanto que, tem vezes que, não se consegue assimilar a matéria e, só cair a ficha quando, no outro dia, pega a matéria para estudar e, aí sim, consegue entender. Aí eu falo: vu deixar molhe pra eles?????? Nunca!!!!!! Jamais. Quero o meu pedaço do bolo!!!! Como diz o Emicida: “Meu avô fez o bolo e, nem comi um pedaço” é isso!!!!! Meus ancestrais vieram forçados pra cá, escravizados construíram esse país onde, moro e, eu não tenho direito a nada? E, ficarei de braços cruzados a isso????? Jamais.
Além dos negros, tem outros cidadãos de bem que, moram na favela/morro ou, até no asfalto mesmo que, também não tem condições e, passa pelo mesmo problema, mas, olhando a pirâmide social, em se falando de poder econômico, vem primeiro o homem branco/mulher branca/homem negro e por último e, não menos importante nós, mulheres negras. Acho que não preciso falar mais nada em relação a isso.
Por isso que digo: não vamos desistir, não podemos! Temos o direito de estarmos dentro da universidade, seja ela qual for, pois, fazemos parte de um país que se diz democrático, onde está essa democracia que não vejo? O lance é parar de querer achar respostas e, ir para a prática, pois, só assim, poderemos de uma forma geral, mudar a nossa situação.
Acredito na força das nossas ancestrais Luiza Mahin, Rainha Nzinga, Aqualtune, Lelia Gonzáles, Clementina de Jesus, Maria Carolina de Jesus. E, das que estão entre nós que, estão firmes na luta, mais precisamente, nossas mães que, quando não pode dar apoio financeiro, em sua maioria, dão apoio moral para continuar a batalha.
Tem os nossos ancestrais que, também nos passam essa energia positiva: João cândido, zumbi dos palmares, Luiz gama, Manuel congo.
Esses (as) ancestrais são exemplos a serem seguidos. E, com certeza, a trilha é essa, cheia de obstáculos, mas, não final, tudo vai dar certo, terá um pote de mel bem no final e, não de fel.
Lembrando que, muitos de nossos irmãos e irmãs passaram para a universidade e, em sua maioria, se esforçaram o máximo para conseguir chegar lé e eu os(as) parabenizo porque, para nós, as coisas são mais difíeis mas, não impossíveis.



“Somos um Coletivo: não aceitamos que a arbitrariedade de uma hierarquia autoritária determine nossas decisões, mas que elas sejam o resultado de discussões democráticas.” Lelia Gonzáles.




























quinta-feira, 6 de março de 2014

Quem puder, repasse... Informação sempre é bom.

Violência Urbana Parte I
Por Negra Ro


Todos os dias sofremos violência dentro dos meios de transporte. Como é isso? Acordamos 2, 3, 4 horas da manhã para, tentarmos pegar a condução para ir ao trabalho. Os irmãos e irmãs que moram distante passam por isso todo santo dia e, quando consegue pegar o ônibus, é um tormento. Um quase entrando por dentro do outro, tendo que fazer malabarismos para, conseguir uma posição melhor dentro do meio de transporte que, o (a) levará até o trabalho. Parece até um show pirotécnico tendo que se contorcer para não ser "sarrada" ou, para conseguir uma melhor posição até, chegar ao seu destino. No caso das mulheres, há um constrangimento em relação a ficar espremida dentro do ônibus por conta da “sarrada” que, às vezes é proposital e, no caso do transporte cheio, tem vezes que, realmente não tem jeito, pois, não são todos os homens que se aproveitam disso e, acaba que tanto o homem como a mulher, passam por um momento de constrangimento. E, sobre os meios de transporte que, isso acontece sempre, são: ônibus, metrô, trem e até, o transporte alternativo que, mesmo indo sentado, é um espremido com o outro, não há um conforto e agora, as vans põem pessoas em pé e, aí que, de vez acabou o conforto até nesses transportes. Enfim, sofremos violência todos os dias que saímos para pegar o transporte coletivo, seja ele qual for.
Fora quando o motorista não para no ponto ou, quando damos sinal pra descer, ele, para quase dois pontos depois do esperado. E, ainda diz que não demos sinal. É realmente isso é uma violência.
Mas tem outro, porém. Não é só quem mora longe do trabalho que tem que acordar cedo. Tem pessoas que moram perto e que, é necessário sair uma hora e meia antes para chegar ao trabalho e, que ainda necessita pegar o ônibus em outro ponto porque, no ponto que, já está acostumada(o) a pegar, se o fiscal não estiver lá, não para. E, o pior de tudo, quando se desce do ônibus, a sensação que se tem é de estar com o corpo sujo porque, ficamos espremidos (as) dentro do ônibus, num calor infernal que, quando descemos, olhamos para a nossa roupa e, em sua maioria, percebemos que, a mesma está amassada e, até um pouco suja por conta do vai e vem do nosso meio de transporte que, infelizmente é necessário.
É isso.

“Apesar das dificuldades e, dos sofrimentos que passamos todos os dias, não devemos desistir dos nossos ideais, nunca, pois, o opressor está bem ali, na frente, esperando para dar o bote certeiro e, nos desviar dos nossos objetivos, caso, não tenhamos convicção do que queremos de melhor para nós mesmos.”

Negra Ro na Paz